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O fibroblasto é a célula mais importante do tecido dérmico. Este papel fundamental deve-se às suas extraordinárias capacidades anabólicas. Ele é efectivamente responsável pela síntese das 4 grandes classes moleculares que constituem a matriz da derme. Esta matriz é uma rede complexa de fibras que vão conferir à pele as suas propriedades mecânicas: elasticidade, tonicidade, resistência, etc. O papel desta matriz vai, aliás, muito para além disso, mas não está nos meus propósitos desenvolver mais explicações aqui no meu texto.
Destas 4 famílias moleculares, pelo menos 2 ficaram célebres, porque a medicina estética trouxe à luz do dia o seu papel essencial, e a imprensa feminina espalhou essa luz Urbi et Orbi. Estou a falar, por um lado, das proteínas matriciais de tipo colagénio e elastina e, por outro, do mais ilustre dos representantes da família dos glicosaminoglicanos: o ácido hialurónico.
Comecemos pelo colagénio. Tem muito que se lhe diga…Existem mais de 20 tipos diferentes no organismo humano, repartidos nos tecidos tão variados como a pele, o osos, a cartilagem, órgãos diversos. Trata-se de uma molécula com estrutura característica em tripla hélice. No que respeita ao tecido cutâneo, é sobretudo o colagénio fibrilar que nos interessa: colagénio de tipo I, II, III, V, VI. As fibrilas agrupam-se em fibras mais volumosas, orientadas em função dos eixos mecânicos de tração. É o colagénio que confere resistência à pele.
Muitíssimo complementar do colagénio, temos a elastina. É uma proteína fibrilar que confere elasticidade à pele.
Pode-se dizer esquematicamente que as fibras de colagénio resistem au estiramento e às trações, e que as fibras de elastina fazem com que a pele recupere a sua configuração de origem depois deste estiramento.
Estes dois tipos de proteínas têm uma evolução contrária em função do envelhecimento cutâneo. Enquanto o colagénio diminui com o tempo, a elastina tende a aumentar, o que pode parecer paradoxal. Existe mais elastina, é um facto, mas, em contrapartida, a pele fica menos elástica dado que as fibras perderam a sua orientação inicial eficaz.
A terceira grande família de moléculas secretadas pelos fibroblastos é constituída pelos proteoglicanos e glicosaminoglicanos. O seu chefe de fila é o celebérrimo ácido hialurónico. Estas moléculas controlam a hidratação e a viscosidade do meio extracelular. Interagem também com os fatores de crescimento plaquetários e com as enzimas proteásicas.
A quarta família é formada pelas moléculas de adesão: fibronectina, laminina, integrina. Estas asseguram as ligações indispensáveis para controlar a adesão, a agregação, o espalhamento e a mobilidade celular.
Vemos portanto que é preciso tratar o fibroblasto com o máximo cuidado possível, pois, de uma certa forma, ele é o pai destas moléculas todas. O trabalho dele é subtil, é um ourives. É ele que, dia após dia, segrega as fibras da rede que encerra a nossa pele, a impede de desmoronar, a mantem tonificada e jovem.
Mas com o tempo, a sua actividade torna-se mais fraca. Produz menos fibras, provavelmente porque recebe menos sinais biológicos lembrando-lhe os seus deveres. Os tecidos resistem menos à vertigem do abismo. Irresistivelmente são puxados para baixo devido à força implacável da gravidade. As faces ficam encovadas, as bochechas incham, a pele começa a gretar-se, a encher-se de rugas, tal com uma terra que está a ficar seca. E sentimos então quanto doloroso é não termos sabido falar com o nosso fibroblasto. Se tivéssemos sabido apoiá-lo, valorizar a sua ação, dar-lhe os materiais necessários para a sua actividade, ter-se-ia tornado nosso aliado, incapaz, é certo, de parar o tempo, mas sabendo opor-lhe a dignidade da luta, teria generosamente fabricado colagénio, elastina e proteoglicanos, ter-nos-ia fornecido tesouros de ácido hialurónico, teria mantido interessantes relações sinaléticas com as outras famílias celulares da derme: polinucleares vigilantes, células de Langerhans sensitivas e poetas, negros melanócitos e, por que não, rudes queratinócitos residindo extramuros. Quem sabe se não terá chegado ao ponto de se multiplicar, população numerosa e industriosa indo repovoar os vastos espaços desabitados das atrofias gordurosas e cutâneas?
O fibroblasto teria podido fazer muita coisa, se tivéssemos pelo menos sabido falar com ele…
Será que não conseguimos comunicar com ele? Será que o segredo da sua linguagem se perdeu com a sabedoria dos antigos? De forma alguma. Tudo isto é efeito de retórica.
Sabemos falar com o fibroblasto, lisonjeá-lo, encorajá-lo. A maior parte dos tratamentos anti-idade, ou regenerativos, ou estimulantes, como os quiserem chamar, fazem parte desta linguística: radiofrequência, mesolift, fios de densificação, bioestimulação autóloga, etc.
O meu propósito é apresentar o recém-nascido desta grande e prestigiosa família: a remalhagem colagénio. O rótulo é um tanto ou quanto apelativo, convenhamos. Encurtamos caminho, navegamos em conceitos mais na moda. Mas um nome é também um símbolo, e um símbolo funciona principalmente pelas suas qualidades sintéticas que dispensam detalhes. Remalhagem colagénio, que seja, por mais que isso desagrade aos espíritos picuinhas.
Em que consiste o tratamento? Dito por outras palavras, através de que mecanismo efectua-se o contacto com o fibroblasto? Através de uma pequena substância muito simples: a hidroxiapatita. É uma molécula que existe no nosso organismo, um derivado de cálcio que entra na composição do esmalte dos dentes. Injectada na derme profunda provoca no fibroblasto uma coceira danada. Ele agita-se, activa-se e acaba por aumentar todas as secreções. Não se sabe muito bem porquê, mas é um facto. Como descubrimos esto ? Simplesmente porque a hidroxiapatita é comercializada como sendo um produto de preenchimento que dá pelo nome de Radiesse. Aquando dos ensaios clínicos que se fizeram antes de ser posta no mercado, os pesquisadores foram levados a estudar biópsias da pele. Não só verificaram a boa tolerância do produto, como também constataram uma interessante e objectivável simulação do nosso querido fibroblasto. Expectantes no que respeita às propriedades de preenchimento da hidroxiapatita (inferior, a meu ver, às das do ácido hialurónico), mas interessadíssimos quanto ao aspecto estimulante, quisemos aperfeiçoar um tratamento que utiliza esta última qualidade. Foi assim que nasceu a noção da remalhagem colagénio. Qual é a sua metodologia?
Primeiro, dilui-se o Radiesse para já não ter de considerar uma qualquer propriedade volumadora. Esta diluição pode efectuar-se com soro fisiológico, vitaminas e um pouco de ácido hialurónico não reticulado (apenas para hidratar e não para preencher). Em seguida, vamos compartimentar a metade inferior do rosto, para criar por estimulação linhas de colagénio. A ideia reside em criar uma rede de fibras que vai encerrar nas suas malhas a parte do rosto sujeita ao peso da gravidade. O objectivo principal é o de lutar contra a diminuição da tonicidade, as bochechas caídas, a perda do oval do rosto.
O pescoço também é uma zona que se pode tratar com este género de malhagem. Podemos pensar de igual modo nesta técnica para tonificar os braços.
O tratamento de ataque será constituído por 2 sessões, com espaço de 6 meses entre cada uma.
Tendo o tempo raramente a elegância de suspender o seu curso, convém prever uma sessão de manutenção todos os anos.
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